Descrição
Apesar de todas as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do Nordeste do Brasil, constata-se no final da primeira década do Século XXI a persistência de indicadores que atestam o baixo nível de desenvolvimento da região e, particularmente, do estado do Ceará (POCHMANN e AMORIM, 2004; COSTA, 1992; LIMA, 2008). Vários estudos comprovam que a vertente hidráulica, que foi desencadeada no início do século passado, desviou o foco da questão elegendo a seca como vilã da História e priorizando a construção de barragens para a formação de reservatórios de água (HIRSCHMAN, 1965; MONTE, 2005). Outros estudos evidenciam que essa opção foi reforçada pelas políticas de modernização que tiveram início nos anos de 1960 e se configuraram como modernização conservadora , por terem introduzido inovações tecnológicas, porém mantendo a estrutura agrária concentrada nas mãos daqueles que detêm o poder econômico e, por consequência, exercem o poder político (SILVA, 1982). Como não se deu a revolução no modelo de educação bancária , fechou-se, assim, o ciclo vicioso das desigualdades e da pobreza no Nordeste. Entretanto, é provável que nem todas as explicações para esse fato tenham sido reveladas. Cabe perguntar por que os programas de desenvolvimento não cumpriram os seus objetivos explícitos, mas, por outro lado, foram bem sucedidos em outros objetivos não claramente escritos. Haveria predisposição para a efetivação de um modelo que reforçaria a tese de que somente as manchas irrigáveis seriam apropriadas para investimentos com retornos assegurados? Haveria alguma opção implícita, ou oculta, de comprovar que o semi-árido seria inviável e, portanto, deveria ser esvaziado? Diversas foram as estratégias calcadas em orientações de agências internacionais ou na experiência de outros países experimentadas no Nordeste. Na visão da Sudene, deveria ser priorizada a política de industrialização do Nordeste, deixando a agricultura para as áreas irrigáveis e para as áreas .

Situação
Em andamento

Natureza
Pesquisa

Financiador(es)
CNPq
Banco do Nordeste

Laboratórios Envolvidos
Laboratório de Estudos Agrários e Territoriais

Coordenação
Prof. Dr. Francisco Amaro Gomes de Alencar