Programa de Pós-Graduação em Geografia

 

Jader SantosTiago Cavalcante

Coordenador: Prof. Jader de Oliveira Santos (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)  

Vice-Coordenador: Prof. Dr. Tiago Vieira Cavalcante (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)

 

Secretário (a) e Assistente de Apoio à Gestão:

 

Representantes discentes:

Mestrado: Wesley Gomes Ferreira (titular) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

               Emanuel da Costa Pereira (suplente) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Doutorado: Léon Denis Ferreira Xavier (titular) - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

Comissão de Planejamento e Autoavaliação

Prof. Dr. Alexandre Queiroz Pereira

Profª. Drª. Iara Gomes Rafaela

Prof. Dr. Tiago Vieira Cavalcante

Prof. Dr. Christian Dennys Monteiro de Oliveira

Representante Discente: Anne Catherine Ferreira dos Santos

 

Comissão de Bolsas

Profª Drª Iara Rafaela Gomes

Profª Drª Alexandra Maria de Oliveira

Representante Discente: Delano Nogueira Amaral

 

Comissão Acompanhamento Discente

Profª Drª Iara Rafaela Gomes

Profª. Drª Alexsandra Maria Vieira Muniz

 

Comissão Acompanhamento Docente

Profª. Drª Adryane Gorayeb

Prof. Dr. Fábio de Oliveira Matos

Prof. Dr. Rubson Pinheiro Maia

 

 rodap site

As atividades do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará são realizadas em prédio exclusivo, destinado ao ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão. O espaço físico inclui:

Duas salas de aula para uso da pós-graduação, totalizando 75m²;

Dois auditórios com capacidade para 120 e 70 pessoas, com 104m² e 72m² respectivamente;

Treze gabinetes para professores e pesquisadores visitantes, com 13m² cada;

Uma sala para uso dos(as) discentes da pós-graduação, com 24m²;

Ambientes equipados com computadores, mobiliário adequado e acesso à internet.

A estrutura está integrada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), com conexão via fibra óptica de 133 Mbps, assegurando conectividade adequada para as atividades acadêmicas. Todas as salas contam com pontos de acesso à internet e, para acesso de discentes e docentes pelo departamento, há a instalação de pontos de acesso via wi-fi

A sala destinada aos(às) discentes da pós-graduação tem, aproximadamente, 24 m², equipada com quatro computadores, seis pontos de conexão para notebooks, acesso à internet, serviços de impressão e softwares de geoprocessamento. Assim, todos usufruem de licenças de ArcGis v10.0, licenças do software Idrisi de processamento de imagens e softwares de acesso livre. Os gabinetes docentes têm cerca de 12m², mobiliário completo, acesso à internet e equipamentos básicos, sendo predominante, o uso de laptops e sistema de impressora em rede. 

A coordenação e a secretaria do programa estão localizadas no Bloco 902, em frente ao Departamento de Geografia, ao lado oposto da Praça Milton Santos, com duas salas de aproximadamente 20m² cada, contendo mobiliário, arquivos, dois computadores, duas impressoras e conexão à internet por fibra óptica.

Laboratórios

Os laboratórios são estruturados como unidades de apoio à pesquisa, ensino e extensão, reunindo docentes, pesquisadores(as) e estudantes de graduação e pós-graduação. Apresentam articulações em diferentes escalas (local, nacional e internacional) e contribuem para a execução de projetos institucionais e demandas de órgãos públicos.

Os recursos para atualização dos laboratórios são visualizados a partir do  RONEM/FUNCAP/CNPq (2016-2021) e dos projetos POROCARSTES FASE 2 (financiado pela Empresa Shell), Tufas e travertinos da Bacia Potiguar (financiado pela Petrobrás) e INCT Estudos Téctônicos (CNPq), Programa Cientista Chefe Meio Ambiente FUNCAP e Cientista Chefe Desenvolvimento Agrário FUNCAP. 

As aquisições têm caráter multiuso e, além de beneficiar os laboratórios, apoiam projetos da graduação, tendo em vista a cultura de compartilhamento de equipamentos e infraestrutura entre os grupos de trabalho, a qual é passada de geração em geração. 

Lista de Laboratórios:

Laboratório de Planejamento Urbano e Regional (LAPUR)

  • Equipamentos: 8 computadores desktop completos; 4 computadores portáteis; 1 TV 60 polegadas; 1 scanner; 1 drone; 5 GPS; 2 impressoras (uma a laser e outra A3); 1 hemeroteca; 1 mapoteca; e 1 biblioteca com aproximadamente 500 títulos.

Laboratório de Estudos Geoeducacionais e Espaços Simbólicos (LEGES)

  • Equipamentos: 4 computadores desktop completos; 2 notebooks; 1 tablet; 2 máquina fotográfica; 3 impressoras; 2 HDs externos; 1 acervo de livros especializados em cultura e comunicação; 1 acervo de audiovisuais; 1 datashow; 1 TV de 49 polegadas; e 1 biblioteca com 300 títulos.

Laboratório de Geoecologia da Paisagem e Planejamento Ambiental (LAGEPLAN)

  • Equipamentos: 6 computadores; 2 notebooks; 2 impressoras; 3 GPS; 1 acervo bibliográfico com 1.000 títulos; 3 datashows; e 2 caixas de som.

Laboratório de Climatologia Geográfica e Recursos Hídricos (LCGRH)

  • Equipamentos: 6 computadores desktop completos; 2 computadores portáteis; 1 scanner; 1 máquina fotográfica; 2 GPS; 2 impressoras; 1 altímetro; 1 pHmetro digital; 1 condutivimetro digital; 1 oxímetro digital; 3 mini-estações meteorológicas; 5 termo-higrômetros digitais; 10 psicrômetros analógicos; 2 anemômetros analógicos; 4 anemômetros digitais; 1 medidor de dióxido de enxofre; 1 medidor de dióxido de carbono; 2 datashows; 1 mapoteca; 1 biblioteca com aproximadamente 500 títulos; e 1 anemômetro.

Laboratório de Estudos Agrários, Territoriais e Educacionais (LEATE)

  • Equipamentos: 5 computadores desktops completos; 1 scanner; 2 impressoras; 1 mapoteca; e 1 biblioteca.

Laboratório de Geoprocessamento e Cartografia Social (LABOCART)

  • Equipamentos: 26 computadores; 8 notebooks; 2 projetores; 4 drones; 30 GPS/GNSS navegadores; 1 par receptores GNSS/GPS Geodésico; 1 clinômetro; 1 curvímetro; 6 bússolas militares; 1 bússola de Bruton; 3 mapotecas; 31 licenças do ArcGis; 1 salinômetro; e 2 licenças do Envi.

Laboratório de Geomorfologia Costeira Ambiental e Continental (LAGECO)

  • Equipamentos: 4 computadores de alto desempenho; drones com sensores visível, RGB e infravermelho; impressora 3D; óculos de realidade virtual; 1 automóvel modelo pick up; scanner laser portátil para mapeamento digital de cavernas; e todo aparato de segurança para trabalho de campo.

Laboratório de Pedologia e Análise Ambiental (LAPED)

  • Equipamentos: 4 computadores desktop completos; 2 mapoteca; 1 biblioteca; 1 estufa; 1 microscópio; 1 balança; 1 medidor de PH; coleção de minerais e amostragem de solos.

Laboratório de Prática de Ensino em Geografia (LAPEG)

  • Equipamentos: 3 computadores; mesa e equipamentos para reuniões e elaboração de materiais didáticos; mapoteca; e acervo de livros e audiovisuais.

Acervo Bibliográfico

O Sistema de Bibliotecas da UFC conta com 13 unidades em Fortaleza, onde a Biblioteca Central do Campus do Pici é referência para as áreas de Geografia e Ciências Ambientais. 

Os(as) usuários(as) têm acesso ao Sistema Integrado de Bibliotecas (Pergamum); ao CAFe e ao Portal de Periódicos da Capes, além do Repositório Institucional, com 60.000 documentos digitais, e o Portal Minha Biblioteca.Br, com 12.000 títulos de livros eletrônicos.

O acervo físico relacionado à Geografia tem 5.296 títulos disponibilizados em 15.845 exemplares nas bibliotecas indicadas anteriormente, sendo 2.032 títulos e 8.756 exemplares localizados na Biblioteca Central do Campus do Pici. Complementarmente, no que diz respeito ao acervo bibliográfico dos laboratórios, têm-se um total estimado anualmente de 2.300 títulos. 

Dinâmica Territorial e Ambiental

A dinâmica territorial e ambiental do Nordeste brasileiro constitui o eixo de pesquisa e atuação do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC). A partir das especificidades do território cearense com suas paisagens costeiras no norte e formações interioranas no arco sul do estado, os estudos desenvolvidos no Programa articulam múltiplas abordagens sobre o espaço nordestino. Essas abordagens dialogam com diferentes concepções de paisagem e território e com a transformação da imagem e das possibilidades do semiárido nordestino, em sua articulação a partir do binômio Litoral e Sertão. Dessa forma constrói-se elementos basilares na formação simbólica da nação, para além das dualidades Litoral/Sertão, Urbano/Rural, entre outras, influenciando leituras acadêmicas sobre os processos de modernização do território brasileiro. 

Durante os períodos colonial e republicano até a primeira metade do século XX, o sertão foi frequentemente caracterizado como uma região marginalizada, associada à seca, à migração forçada e à pobreza. Suas atividades econômicas, pautadas nos ciclos agropecuários extensivos, contrastavam com o litoral de ocupação mais esparsa, voltado à pesca e à agricultura de subsistência. Poucas cidades litorâneas desempenhavam papel relevante na circulação de mercadorias, concentrando atividades portuárias voltadas à exportação e ao recebimento de produtos industrializados.

A partir do final do século XX, mudanças significativas na forma de compreender e intervir no semiárido nordestino abriram espaço para a reconfiguração das relações entre litoral e sertão. Iniciativas públicas e privadas impulsionaram um novo ciclo de modernização, marcado por investimentos em infraestrutura, turismo, agroindústria e urbanização. Programas como o PRODETUR-NE, a construção de barragens, canais de transposição, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, bem como incentivos fiscais para atração de empresas nacionais e estrangeiras, passaram a redesenhar o território e a economia regional.

No entanto, tais transformações também provocaram intensos impactos socioambientais. A expansão das atividades econômicas gerou desmatamentos, degradação dos solos, processos de desertificação e poluição dos recursos hídricos. As alterações no uso da terra e na dinâmica rural têm contribuído para o êxodo populacional, crescimento desordenado de centros urbanos, aumento da favelização, conflitos agrários, desemprego e violência.

O desenvolvimento promovido, embora significativo em termos econômicos, ainda não foi capaz de reduzir de forma efetiva as desigualdades sociais e territoriais, tampouco de mitigar os impactos sobre os geossistemas naturais. É nesse contexto de profundas transformações e tensões territoriais que os estudos do Programa ampliam seu escopo analítico para além do Ceará e do Nordeste, estabelecendo conexões com outras realidades regionais do Brasil e do mundo, como os sertões do Cerrado, da fronteira sul-americana, da Amazônia e de regiões semiáridas da África e da América Latina.

Esse olhar comparativo fortalece a construção de uma Geografia crítica e inovadora, que, embora ancorada em realidades locais, se projeta em escalas mais amplas, com potencial de diálogo interdisciplinar e internacional. As pesquisas, dissertações, teses e relatórios técnicos produzidos pelo Programa têm contribuído para a compreensão e o monitoramento dessas transformações, justificando a consolidação da área de concentração Dinâmica Ambiental e Territorial e a atualização de suas linhas de pesquisa: Estudos Socioambientais da Zona Costeira e Natureza, Campo e Cidade no Semiárido. Essas linhas buscam refletir a diversidade dos temas e desafios contemporâneos, reforçando o compromisso do Programa com a produção de conhecimento geográfico crítico, aplicado e socialmente relevante.

 

 

 

 

 

O fortalecimento da visibilidade do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFC (PPGGeo/UFC) no quadriênio 2021–2024 foi essencial para a consolidação de sua estratégia de internacionalização. A atuação em múltiplas escalas, local, regional, nacional e internacional, contribuiu diretamente para o alcance de simetrias efetivas nas trocas científicas com instituições do exterior.

Programa teve participação destacada em três importantes editais de fomento, voltados prioritariamente a cursos com conceito 6 e 7, possibilitando a estruturação de uma política institucional de internacionalização:

  • PRINT/CAPES (2019–2024): constituiu um verdadeiro divisor de águas para o PPGG, ao possibilitar a nucleação de ações estruturantes de internacionalização, com ampla mobilização de docentes, discentes e egressos em missões, estágios, eventos e publicações.
  • CAPES/FUNCAP (2019–2021): reforçou a estratégia anterior ao incentivar a cooperação científica internacional e o incremento da produção qualificada. O programa envolveu todos os docentes permanentes, fortalecendo vínculos bilaterais com instituições estrangeiras.
  • FUNCAP Internacionalização (2023–2026): edital específico com o objetivo de ampliar a mobilidade internacional de docentes e discentes, e atrair pesquisadores estrangeiros de excelência. As ações resultantes vêm fomentando o surgimento de novas redes de pesquisa, parcerias acadêmicas e projetos com impacto global.

A consolidação da base local, regional e nacional, com destaque para instituições das regiões Norte e Nordeste, foi fundamental para o enraizamento e sustentação das ações internacionais. Essa macrorregião, entendida como Brasil Setentrional, constituiu o território de articulação de redes de pesquisa e cooperação técnico-científica que potencializaram o alcance internacional do PPGGeo/UFC.

A articulação com instituições como FUNCEME, URCA, UECE, UFRN e UNICAMP possibilitou o desenvolvimento de projetos com dimensões internacionais:

  • A FUNCEME, por meio de seu corpo técnico (ex: Eduardo Martins), participou de missões científicas na França e no Marrocos, vinculadas ao projeto Capes-Cofecub com o Institut Agro de Montpellier.
  • A URCA, representada por Paula Tomaz, esteve integrada a atividades da Rede HWISE, com missão científica nos Estados Unidos, fortalecendo a temática da segurança hídrica urbana.
  • Rubson Maia e Frederico Holanda (UECE), em colaboração com Lionel Siame (Aix-Marseille Université), participaram de ações do projeto Capes-Cofecub sobre mudanças globais e erosão de paisagens tropicais.
  • Zoraide Souza (UFRN) e Sonia Seixas (UNICAMP) atuaram em missão científica na Universidad Nacional de Salta (Argentina), em articulação com o projeto COOPBRAS/Sul Global, coordenado por Adryane Gorayeb.

Estas conexões demonstram como a inserção internacional do programa está fortemente ancorada em uma base macrorregional consolidada, a partir da qual se ampliam redes de pesquisa, intercâmbios e produção de conhecimento com repercussão internacional.

Redes de Pesquisa

A totalidade dos docentes do PPGGeo/UFC está integrada a redes internacionais e nacionais de pesquisa, demonstrando uma inserção consolidada e ativa. Dentre as principais redes, destacam-se:

  • Household Water Insecurity, rede global de colaboração, coordenada por Wendy Jepson (Texas A&M University), voltada à construção de estratégias de investigação e desenvolvimento de escalas de análise da insegurança hídrica domiciliar em cinco continentes e a dispor de recursos da National Science Foundation, Fulbright, Lloyd’s Register Foundation, Children’s Investment Fund Foundation e do CNPQ. Se estabeleceu no Brasil em 2019 com a inclusão de pesquisadores da UFC e UFABC. Jader Santos é o coordenador local da rede, com envolvimento de Adryane Gorayeb e Paula Thomaz (egressa e docente da URCA). Sites da rede: https://hwise-rcn.org/ e https://hwise-rcn.org/hwise-community/hwise_br/.
  • REALP - Rede de Estudos Ambientais de países de Língua Portuguesa na América Latina, África e Europa. Ressalta-se a cooperação no ensino graduado (mestrados, doutoramentos e pós-doutoramento), com incentivo à mobilidade das equipes científicas das universidades envolvidas: Universidades: de Évora, de Aveiro, Nova de Lisboa, dos Açores, Eduardo Mondlane, Instituto Politécnico de Tomar, de Cabo Verde, Agostinho Neto, de Brasília, UFSC, UFPE, UFAM e UFC.  Na citada atuam Vladia Oliveira e Eliza Zanella. Em dezembro de 2022, Vladia Oliveira proferiu palestra no XXIII Encontro da REALP, realizado no Instituto Politécnico de Tomar-Portugal.
  • Observatório da Energia Eólica, coordenado pelos prof.s Adryane Gorayeb, Christian Brannstrom, Carlos Sopchaki e Jeovah Meireles, envolvem parceiros da UFC de IES brasileiras (UFPI, UERN, UFPB, UFRS, IFRN, IFSP, UFMA, UNICAMP, UFRN) e parceiros internacionais da Texas A&M University e da Universidad de Salta. Contou com recursos dos editais PVE/ CAPES, PRONEM FUNCAP/CNPq,  CNPq/ Nexus Caatinga. Atualmente conta com recursos da CAPES/ COOPBRAS – Sul Global e da Queen Mary University. O referido respaldou criação do Grupo de Pesquisa e Estudos em Geografia da Energia (UFRN/ UFC) e possibilitou a abertura do Grupo de Trabalho na ANPEGE: Geografia da Energia junto com colegas da UNIR e da UFPA.
  • Rede Observatório de Paisagens Patrimoniais e Artes Latino-Americanas, estabelecida em parceria de estudos comparativos e colaborativos entre Docentes de Geografia e áreas afins de estudos especializados em geografia cultural e social, nas Universidades de Cauca e Nacional de Bogotá (Colômbia), de Buenos Aires, Nacional de Lujan e Nacional de Quilmes (Argentina), UFC, UFRN e de UFSCAR e UECE, URCA e do UVA. Envolve, no programa, Christian Oliveira e Tiago Cavalcante.
  • Rede de Pesquisa Nós Propomos! Participação da Profa. Alexandra Oliveira e da Profa. Alexsandra Muniz . Idealizada por Sérgio Claudino da Universidade de Lisboa. Vale destacar a relação dessa rede com os projetos de Residência Pedagógica e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência, coordenados pelas referidas docentes. Os projetos articulam alunos de graduação e pós-graduação promovendo atividades na rede pública de educação básica.
  • Red Internacional de Estudios Socioambientales, na escala da América Latina e Europa, aponta-se a participação de Alexandre Pereira e Eustógio Dantas. Sediada na Universidade de Alicante - Espanha, sob a coordenação de Antonio Aledo. A rede tem por objetivo estudar, integrar abordagens e resultados na análise, planejamento e gestão dos problemas decorrentes da interação entre a sociedade e o ambiente. Destaca-se a organização do evento Congreso Internacional de Estudios Socioambientales resultado em coletânea internacional - Impacto Social y Desarrollo (2022) - com capítulos escritos pelos referidos colegas e com egressa Marília Silva (co-tutela entre UFC e Univ. de Alicante).
  • Red Latinoamericana de Erosión Costera é uma iniciativa de pesquisadores de vários países da América Latina (Chile, Peru, Uruguai, Cuba, Argentina e Brasil) para disseminar, discutir, integrar e apresentar à sociedade questões relacionadas à erosão costeira. Participação de Lidriana Pinheiro.
  • Observatório das Metrópoles (INCT - CNPQ). trabalha de forma sistemática e articulada sobre os desafios metropolitanos colocados ao desenvolvimento nacional, tendo como referência a compreensão das mudanças das relações entre sociedade, economia, Estado e os territórios conformados pelas grandes aglomerações urbanas brasileiras. Coordenado por Luiz  Ribeiro (UFRJ), com participação de Adryane Gorayeb, Jeovah Meireles, Eustogio Dantas, Alexandre Pereira, Alexandra Muniz, Iara Gomes, Jader Santos, José da Silva, Elisa Zanella, Clélia da Costa (coordenadora local). 

Participação de docentes e discentes em publicações internacionais

No quadriênio 2021–2024, o PPGGeo apresentou expressivo crescimento na produção científica internacional, tanto em periódicos quanto em livros e capítulos, consolidando sua inserção global e a visibilidade dos trabalhos desenvolvidos por seu corpo docente e discente.

No âmbito das revistas internacionais, foram identificadas publicações em 44 periódicos, com destaque para a autoria compartilhada: 53,4% dos artigos tiveram como primeiro autor pesquisador parceiro externo, 24,2% por docentes do PPGG/UFC e 22,4% por discentes e egressos. As publicações se concentraram em veículos de alto impacto, tais como Energy Research & Social ScienceWaterThe Extractive Industries and SocietyAnnals of the American Association of GeographersJournal of Environmental Planning and ManagementEcological EconomicsEnvironmental DevelopmentGeomorphologyMarine Policy e Scientific Reports.

Quanto aos livros, destaca-se a publicação autoral de Flávio Nascimento pela editora Springer, com a obra Global Environmental Changes, Desertification and Sustainability (2023), além da organização do livro Descarbonización en América del Sur, por Christian Brannstrom, Lucas Seghezzo e Adryane Gorayeb, reunindo a participação de cinco egressos, seis parceiros internacionais e seis parceiros nacionais.

Nos capítulos de livros internacionais, destacam-se as contribuições de Eustógio Dantas, Alexandre Pereira e da egressa Marília Silva, com capítulos na obra Impacto social y desarrollo (2022), organizada por G. Ortiz, A. Aledo e J. Gomez, e de José da Silva no livro Geografia sem fronteiras: diálogos entre Portugal e o Brasil (2021), organizado por Rui Jacinto.

Participação em Bancas Internacionais

O envolvimento do corpo docente em bancas internacionais de mestrado e doutorado reafirma a inserção ativa em redes científicas globais. No quadriênio, destacam-se:

  • Jader Santos, em 2023, em banca de doutorado no Institut Agro Montpellier, na tese Participatory characterization of water resilience in rural communities in Brazil’s Nordeste and central Tunisia, sob orientação de Marcel Kuper e Eduardo Martins.
  • Eustógio Dantas, em 2024, participou de duas bancas de master na Le Mans Université (França), orientadas por François Laurent, sobre gestão hídrica no Haiti e na fronteira domínico-haitiana.
  • Adryane Gorayeb, em 2024, integrou bancas de doutorado na Universidad Javeriana (Colômbia), sobre transformações em comunidades tradicionais sob investimento estrangeiro, e na Universidad Nacional de Quilmes (Argentina), em tese sobre hidrologia na comunidade Mapuche, orientada por L. Canuqueo.

Participação em projetos de Pesquisa Internacionais

Durante o quadriênio, o PPGGeo esteve envolvido em diversos projetos de pesquisa internacionais, destacando-se tanto pela diversidade temática quanto pelo envolvimento de discentes, egressos e parceiros estrangeiros:

  • Moving Smartly Towards Accessible & Inclusive Urban Environments for our Elders (FCT/FUNCAP, encerrado em 2022), coordenado por Nuno Costa (Portugal) e Eustógio Dantas (UFC), com participação de Alexandre Pereira, Clelia Lustosa, Elisa Zanella, Jader Santos, José da Silva e das discentes Marnielly Carneiro e Ana Letícia Lima.
  • Energia Renovável e Descarbonização na América do Sul (COOPBRAS/CAPES/SULGLOBAL, em vigência), sob coordenação de Adryane Gorayeb, com participação de Christian Brannstrom, Edson Vicente, Jeovah Meireles e dos discentes Tiago de Aquino, Orlando Jalane, Regina Balbino e Fabio Montes.
  • SmARTER: Sustainable Approaches for Resilience Building in North East Brazil (University of Bath – Reino Unido, encerrado em 2021), coordenado por Mirela Lorenzo e Adryane Gorayeb, com Jader Santos, Gisleidy Tavares e Joalana Macêdo.
  • Urban Water Provisioning and Household Water Security in Northeast Brazil (NSF/Texas A&M University, encerrado em 2022), coordenado por Wendy Jepson (EUA) e Jader Santos, com ampla equipe do PPGG/UFC, incluindo Adryane Gorayeb, Paula Tomaz (URCA), e discentes como Joalana Macêdo, Samella Paungartten, Helania Silva, Whiliane Gomes, Brenda Rocha, Caroline Tavares e Marcelo Viana.
  • Projeto TropiCool – Infraestrutura verde em cidades tropicais (Governo da Suécia/UFC, em vigência), coordenado por Jorge Amorim (Suécia) e Elisa Zanella (UFC), com Jeovah Meireles e o discente Antonio Lima Júnior (hoje docente do Departamento).

Participação em convênios e Acordos Internacionais

O quadriênio 2021–2024 também foi marcado por forte articulação institucional internacional, consolidando acordos com universidades na Europa, América Latina, África e países de língua portuguesa. Dentre os destaques:

  • PRINT/CAPES: possibilitou missões e intercâmbios com instituições da França (Le Mans Université, Université Catholique de l’Ouest, Institut Agro de Montpellier), da Espanha (Universidad de Alicante) e da França (Université Sorbonne Lettres), com vivência de docentes e discentes em cotutelas e estágios doutorais.
  • CAPES-COFECUB: três projetos em curso, com Rubson Maia (UFPR – Aix-Marseille Université), Jader Santos (UFC/FUNCEME – Institut Agro Montpellier), e Adryane Gorayeb (UFC – Université Paris Cité). Destacam-se a cotutela da doutoranda Letícia Freitas (Jader Santos e Marcel Kuper) e a missão científica da discente Ana Barbosa na França (2023–2024).
  • OEA / GCub-Mob: programa de mobilidade internacional que permitiu o ingresso de sete discentes estrangeiros oriundos de Bolívia, Colômbia, Haiti, Chile e Venezuela no PPGG/UFC.
  • CAPES Move La América: voltado à integração com países latino-americanos e caribenhos. Em 2024, o programa possibilitou a seleção de dois discentes argentinos para doutorado sanduíche, supervisionados por Adryane Gorayeb e Jader Santos.
  • REDE SIRMA: convênio entre Brasil, Marrocos, Argélia, Tunísia e França, com coordenação local de Jader Santos e internacional de Julien Burte. Destaca-se a realização da Escola de Campo no Ceará, a mobilidade de docentes e discentes entre os países, e a orientação em cotutela da discente marroquina Bouchra Kouissi (UFC e Instituto Hassan II).

Cooperações Internacionais por Continente

Europa

França

As universidades Le Mans, d’Angers e de Tours foram parceiras centrais no PRINT/CAPES, e a cooperação com instituições francesas foi expandida significativamente no quadriênio 2021–2024. A Le Mans Université destacou-se por eventos conjuntos, como o Colóquio Remoto (2021) e missões científicas, com destaque para a atuação de Eustógio Dantas como professor visitante (2024), a mobilidade de Adryane Gorayeb (2022) e Mariana Amâncio (2022). Além disso, houve participação em bancas e seminários de doutorado, como os organizados por François Laurent. A parceria com a Université Catholique de l’Ouest e a Université d’Angers também foi reforçada, com intervenções docentes e participação em redes como a ESO.

Institut SupAgro de Montpellier (UMR G-Eau) possibilitou missões científicas com Jader Santos, Alexandre Pereira e Eustógio Dantas (2024), além do doutorado em cotutela de Letícia Freitas. Já a Université Aix-Marseille esteve ligada ao projeto Capes-Cofecub, com destaque para a missão científica de Rubson Maia (2024) e o doutorado sanduíche de Ana Beatriz Barbosa (2023–2024). Por fim, a Université Sorbonne Lettres acolheu Nislene Lopes em estágio doutoral (2024) com apoio do PRINT/CAPES, sob supervisão de José Leonardo Tonus.

Espanha

A colaboração com instituições espanholas se intensificou, especialmente com a Universidad de Alicante, onde ocorreram participações no Congresso Internacional de Impacto e Estudos Sociais (2022), organização de mesa por Alexandre Pereira, e ingresso na Red Internacional de Estudios Socioambientales. A missão científica de Adryane Gorayeb e Alexandra Oliveira à Alicante (2022) fortaleceu a cooperação, com palestras e visitas técnicas. Daniel Lopez também participou de eventos no Brasil, estreitando os laços interinstitucionais.

Universidad de Alcalá colaborou em produções científicas conjuntas com Edson Silva, destacando-se artigo na revista Environmental Development (2022). Com a Universidad de Barcelona, Iara Gomes realizou missão científica (2024) financiada pela FUNCAP, em parceria com Maria Àngels Alió (UB) e Fransualdo Azevedo (UFRN), no projeto sobre produção e fluxos alimentares em metrópoles.

Itália

A Universidade de Bologna acolheu Anna Sabrina com bolsa do Programa de Doutorado-Sanduiche no Exterior (PDSE) da CAPES (2025), sob coorientação do Dr. Jo De Waele.

Dinamarca

A Copenhagen Business School acolheu Sâmila Lima com bolsa do Programa de Doutorado-Sanduiche no Exterior (PDSE) da CAPES (2025), sob coorientação do Prof. Dr. Jacobo Ramirez.

Portugal

As parcerias com a Universidade de Lisboa e a Universidade de Coimbra foram aprofundadas. Em Lisboa, o projeto GRAMPCITY (sobre envelhecimento urbano), financiado pela FCT e FUNCAP, resultou em dissertações e eventos como “Envelhecer na Metrópole” (2022). A docente Vládia Vidal participou do programa Erasmus+ (2023), integrando a REALP e atuando em eventos científicos.

Na Universidade de Coimbra, José da Silva tem atuado desde 2018 no Curso de Verão do Centro de Estudos Ibéricos. Em 2023 e 2024, trabalhos apresentados por docentes do PPGG/UFC foram selecionados para publicação na Revista Iberografia.

Suécia

A parceria com o Instituto Meteorológico e Hidrológico Sueco iniciou-se com o projeto “TropiCool” (2019–2021), financiado pelo Copernicus. Elisa Zanella e Jorge Amorim coordenaram ações em Fortaleza, com participação de pesquisadores suecos e brasileiros, culminando em colóquio internacional em 2023. A colaboração envolveu também a FUNCEME e a SEUMA.

América

Estados Unidos

A colaboração com universidades americanas foi ampliada a partir de vínculos com a Texas A&M University, por meio do projeto "Urban Water Provisioning and Household Water Security in Northeast Brazil", financiado pela Fulbright/CAPES e pela National Science Foundation (2018–2023). Com coordenação de Wendy Jepson e Jader Santos, o projeto integra a rede internacional HWISE. Esse vínculo também levou à inserção de Eustógio Dantas na editoria de coleções da Springer, como The Latin Studies Book Series e SpringerBriefs in Latin American Studies.

América Latina

Na Argentina, a parceria com a Universidad Nacional de Salta resultou em aprovação no edital COOPBRAS/CAPES Sul Global (2019–2023), liderado por Adryane Gorayeb. Destacaram-se missões científicas de docentes (2022, 2024), visitas docentes de Martin Iribarnegaray ao Brasil, sua atuação como colaborador do programa e o ingresso da discente Andrea Suarez no PPGG/UFC. Na Colômbia e no Equador, ocorreram ações conjuntas com a Universidad Regional Autónoma de Los Andes, incluindo eventos sobre cooperativismo rural.

Com o México, a colaboração com a Universidad Nacional Autónoma de México gerou projetos como “Lazer e Turismo nas Américas” (FUNCAP 2022–2024), com missões científicas, eventos e produção acadêmica. Na Argentina, destaca-se ainda a Universidad Nacional de Quilmes, no contexto da rede OPPALA, coordenada por Christian Oliveira e Cristina Carballo, com colóquios e palestras internacionais.

África

Cabo Verde

As docentes Vládia Vidal e Elisa Zanella desenvolveram estudos comparativos sobre ordenamento territorial e uso das praias em Santiago (Cabo Verde) e no litoral cearense, além de vínculos com a Universidade de Cabo Verde no curso de Pós-Graduação em Gestão e Políticas Ambientais (2016–2021). Ambas participaram ativamente das conferências da REALP e eventos científicos em 2023.

Marrocos

Com o Instituto Hassan II, firmou-se convênio em parceria com o CIRAD (França) e a FUNCEME. As missões científicas dos docentes Eustógio Dantas, Alexandre Pereira, Jader Santos e da doutoranda Letícia Freitas incluíram atividades conjuntas no Marrocos. A Escola de Campo desenvolvida na UFC e em Quixadá consolidou metodologias participativas e a a cotutela com IAV Hasssan II, Marrocos, envolvendo a discente Bouchra Koussi e os professores Jader Santos e Julien Burte. A troca bilateral inclui visitas de pesquisadores marroquinos ao Brasil, como Younnes Nekkar e Nassreddine Maatala (2022).

 

Egressos do Programa de Pós-Graduação em Geografia - UFC

Desde a sua criação, o Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFC desenvolve uma política sistemática de acompanhamento de seus egressos, alinhada às diretrizes da CAPES. Para isso, mantém um banco de dados constantemente atualizado, com informações provenientes dos próprios ex-alunos e de informantes qualificados vinculados ao programa.

O levantamento mais recente foi realizado em 2024, abrangendo os egressos que concluíram suas formações entre 2020 e 2024. As informações obtidas foram fundamentais tanto para subsidiar o planejamento de ações estratégicas para o próximo quadriênio quanto para atender às demandas das agências de fomento, oferecendo um panorama das percepções, trajetórias e inserções profissionais dos mestres e doutores formados no período.

A pesquisa contemplou dados sobre a modalidade do curso, ano de conclusão, ocupação atual, além de questões relacionadas aos impactos da formação, competências desenvolvidas, avaliações sobre o programa e sugestões de aprimoramento.Além disso, foi realizado o levantamento da atuação dos doutores egressos na carreira docente. A figura 1 apresenta a distribuição da atuação desses alunos como docentes de instituições federais e estudais no Brasil.

 

Figura 1 - Doutores egressos do PPGGeo atuantes como docentes em Programas de Geografia do Brasil Setentrional.

Egressos

 

No Gráfico 1, observa-se que a maior proporção de cursos concluídos corresponde ao Doutorado, representando 45,7% do total. Em seguida, os cursos de Mestrado somam 42,4%. A menor parcela, equivalente a 12%, refere-se a egressos que concluíram tanto o Mestrado quanto o Doutorado no programa.

 

Gráfico 1 - Quantitativo de cursos concluídos (Mestrado e Doutorado).

Fonte: PPGGeo (2024).

O Gráfico 2 apresenta a distribuição dos egressos por ano de conclusão, no período de 2020 a 2024. Observa-se que, em 2020, 17 alunos concluíram seus cursos, representando 18,48% do total. O ano de 2021 registrou o menor número de egressos do período, com apenas 7 concluintes, equivalente a 7,61%. Em 2022, houve um aumento expressivo, totalizando 21 egressos, o que corresponde a 22,83%. O maior quantitativo foi registrado em 2023, com 26 concluintes, representando 28,26% do total. Por fim, em 2024, o número de egressos permaneceu elevado, com 21 alunos, repetindo o mesmo percentual observado em 2022 (22,83%).

 

Gráfico 2 - Ano de conclusão (2020 a 2024).

Fonte: PPGGeo (2024).

O Gráfico 3 ilustra a distribuição das profissões exercidas pelos egressos do PPGGeo, revelando uma forte concentração na área da educação, tanto no ensino básico quanto no superior. A profissão mais prevalente é a de Professor(a) do Ensino Básico, ocupando 26% (24 indivíduos) dos egressos.

Subsequentemente, 23,9% (22 indivíduos) atuam como Professor(a) Universitário(a) em instituições públicas. A função de Técnico(a) em instituições públicas também se mostra significativa, compreendendo 11,9% (11 indivíduos). Adicionalmente, 9,7% (9 indivíduos) dos egressos estão inseridos em outras profissões associadas à sua formação no programa, o que demonstra a amplitude de atuação.

As categorias 'Outros' e 'Exercendo a pós-graduação' representam 7,6% (7 indivíduos) e 6,5% (6 indivíduos), respectivamente. A última categoria sugere que uma parcela dos egressos opta por prosseguir com a formação acadêmica em outro nível. Com percentuais menos expressivos, encontram-se os Técnicos em instituições privadas (5,4%) e os Professores Universitários em instituições privadas (4,3%). Notavelmente, apenas um egresso (1,08%) declarou não estar exercendo atividade profissional, o que evidencia uma alta taxa de inserção e empregabilidade dos formados pelo programa no mercado de trabalho.

 

Gráfico 3 - Profissão exercida pelos egressos.

Fonte: PPGGeo (2024).

 

O Gráfico 4 apresenta a percepção dos egressos, quanto ao impacto das disciplinas e demais atividades curriculares em sua formação acadêmica e profissional. A avaliação foi realizada em uma escala de 1 a 5, na qual 1 representa “Baixo Impacto” e 5 corresponde a “Alto Impacto”. Os dados indicam uma percepção majoritariamente positiva, sendo que 63,04% dos respondentes (58 indivíduos) atribuíram a nota máxima, sinalizando alto impacto na sua formação. Além disso, 28,26% (26 indivíduos) avaliaram com nota 4, indicando impacto considerável. Atribuições de impacto médio (nível 3) foram feitas por apenas 6,52% (6 indivíduos). 

As avaliações mais baixas são pontuais, representando apenas 1,09% cada uma nos níveis 2 e 1, evidenciando que a percepção de baixo impacto é praticamente inexistente entre os egressos. Esses resultados reforçam a relevância e a qualidade das atividades acadêmicas desenvolvidas no âmbito do programa.

 

Gráfico 4 - Impacto das disciplinas e demais atividades curriculares promovidas pelo PPGGeo na formação do aluno egresso.

Fonte:PPGGeo (2024).

O Gráfico 5 apresenta a percepção dos egressos sobre o impacto das atividades de internacionalização, participação em eventos e intercâmbios, tanto nacionais quanto internacionais, em sua formação acadêmica. A avaliação foi realizada em uma escala de 1 a 5, sendo 1 equivalente a “Baixo Impacto” e 5 a “Alto Impacto”.

A maioria dos respondentes, 45,7% (42 indivíduos), atribuiu nota máxima, indicando que essas atividades tiveram um alto impacto em sua trajetória formativa. Em seguida, observa-se que 19,6% (18 indivíduos) avaliaram com nível 4, representando um impacto moderadamente alto.

Por outro lado, uma parcela relevante dos egressos, 26,1% (24 indivíduos), classificou o impacto como médio ou neutro (nível 3), sinalizando que para esse grupo as atividades não foram determinantes, embora tenham algum valor.

As avaliações mais baixas foram minoritárias, mas expressivas em comparação aos outros aspectos avaliados: 5,4% (5 indivíduos) atribuíram nota 2 e 3,3% (3 indivíduos) nota 1, indicando percepção de baixo ou muito baixo impacto.

Esses dados refletem que, embora a maioria reconheça a importância dessas ações, ainda existem desafios para ampliar e consolidar as oportunidades de internacionalização no âmbito do programa.

 

Gráfico 5 - Impacto das atividades de internacionalização, eventos e intercâmbios nacionais e internacionais promovidos pelo PPGGeo.

Fonte:PPGGeo (2024).

O Gráfico 6 apresenta a percepção dos egressos sobre o impacto das interações e atividades desenvolvidas nos grupos de pesquisa em sua formação acadêmica e profissional. A avaliação foi realizada em uma escala de 1 a 5, na qual 1 representa “Baixo Impacto” e 5 corresponde a “Alto Impacto”.

Os dados indicam que a participação em grupos de pesquisa exerce um papel fundamental na trajetória dos egressos, sendo avaliada majoritariamente de forma positiva. A maior parte dos respondentes, 63% (58 indivíduos), atribuiu a nota máxima, reconhecendo um alto impacto dessas atividades em sua formação. Além disso, 18,5% (17 indivíduos) avaliaram com nota 4, indicando um impacto moderadamente alto.

Por outro lado, 12% (11 indivíduos) classificaram o impacto como neutro ou médio, sugerindo que, para esse grupo, a participação nos grupos de pesquisa teve relevância, mas não foi determinante.

As avaliações de baixo impacto foram pontuais e minoritárias, com 4,3% (4 indivíduos) atribuindo nota 2 e apenas 2,2% (2 indivíduos) indicando nota 1, correspondente a “Baixo Impacto”.

Esses resultados reforçam a importância dos grupos de pesquisa como espaços formativos essenciais no desenvolvimento acadêmico, científico e profissional dos pós-graduandos do programa.

 

Gráfico 6 - Impacto das interações e atividades dos grupos de pesquisa instituídos no PPGGeo.

Fonte:PPGGeo (2024).

 

O Gráfico 7 apresenta a percepção dos egressos sobre o impacto das infraestruturas gerais e laboratoriais disponibilizadas pelo programa em sua formação acadêmica e profissional. A avaliação foi realizada em uma escala de 1 a 5, sendo 1 equivalente a “Baixo Impacto” e 5 a “Alto Impacto”.

Os dados demonstram uma percepção majoritariamente positiva, indicando que as condições de infraestrutura oferecidas contribuíram significativamente para a formação dos egressos. Quase metade dos respondentes, 48,9% (45 indivíduos), atribuiu nota máxima (nível 5), sinalizando alto impacto das infraestruturas na sua trajetória acadêmica. Além disso, 33,7% (31 indivíduos) avaliaram com nota 4, o que revela uma percepção de impacto moderadamente alto.

Por outro lado, 14,1% (13 indivíduos) atribuíram nota 3, indicando que, para esse grupo, o impacto das infraestruturas foi percebido como médio ou neutro, sem ser determinante, mas ainda assim relevante.

As avaliações de baixo impacto foram pontuais e pouco representativas. Apenas 2,2% (2 indivíduos) atribuíram nota 1 (“Baixo Impacto”) e 1,1% (1 indivíduo) indicou nota 2, evidenciando que a percepção negativa sobre as infraestruturas é praticamente residual entre os egressos.

Esses resultados reforçam a importância da manutenção e contínua qualificação dos espaços laboratoriais e das condições gerais oferecidas pelo programa, como elementos estruturantes na formação acadêmica e científica dos pós-graduandos.

 

Gráfico 7 - Impacto das infraestruturas gerais e laboratoriais oferecidas pelo PPGGeo.

 Fonte: PPGGeo (2024).

 

O Gráfico 8 apresenta a percepção dos egressos sobre o impacto do acervo bibliográfico e das plataformas digitais de pesquisa, como repositórios e portais, disponibilizados pelo programa em sua formação acadêmica e no desenvolvimento de suas pesquisas. A avaliação foi realizada em uma escala de 1 a 5, na qual 1 representa “Baixo Impacto” e 5 corresponde a “Alto Impacto”.

Os dados evidenciam que os recursos bibliográficos e digitais são considerados altamente relevantes na formação dos egressos. A maioria expressiva dos respondentes, 65,2% (60 indivíduos), atribuiu a nota máxima, indicando que esses recursos tiveram um impacto fundamental em suas trajetórias acadêmicas. Além disso, 23,9% (22 indivíduos) avaliaram com nota 4, sinalizando um impacto moderadamente alto.

Por outro lado, 7,6% (7 indivíduos) atribuíram nota 3, demonstrando uma percepção de impacto neutro ou médio, sugerindo que, para esse grupo, esses recursos foram úteis, mas não plenamente determinantes em sua formação.

As avaliações de baixo impacto foram praticamente residuais. Apenas 3,3% (3 indivíduos) atribuíram nota 1, correspondente a “Baixo Impacto”, e nenhum egresso indicou nota 2, o que reforça a percepção majoritária sobre a importância e efetividade dos acervos e plataformas digitais disponibilizados pelo programa.

Esses resultados destacam o papel central dos recursos bibliográficos e digitais no apoio às atividades de pesquisa e na formação acadêmica dos pós-graduandos, além de apontarem para a necessidade de sua contínua atualização e fortalecimento.

 

Gráfico 8 - Impacto do acervo bibliográfico e das plataformas digitais (repositórios, portais, etc) de pesquisa disponibilizadas pelo PPGGeo.

Fonte: PPGGeo (2024).

Quanto aos resultados das perguntas subjetivas, referente às habilidades adquiridas ou lapidadas durante sua formação técnica-acadêmica no programa das atividades profissionais atuais. Destaca-se que os egressos apontam que as habilidades adquiridas durante a formação foram fundamentais para sua atuação profissional, tanto em ambientes acadêmicos quanto em espaços técnicos e institucionais.

De forma geral, destacam-se como principais competências desenvolvidas:

  • Aprimoramento técnico-científico, com fortalecimento da capacidade analítica, da fundamentação teórica, da escrita acadêmica e da elaboração de relatórios, pareceres e projetos.
  • Domínio de metodologias de pesquisa, incluindo pesquisa de campo, análise de dados, aplicação de questionários, entrevistas, além de metodologias participativas e interdisciplinares.
  • Habilidades em geotecnologias, com forte ênfase no uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), sensoriamento remoto, cartografia digital e produção de mapas aplicados à análise socioambiental e ao planejamento territorial.
  • Capacidades voltadas para a docência, como aprimoramento da didática, elaboração de materiais didáticos, condução de grupos de estudo, orientação de discentes, além de habilidades de oratória e comunicação.
  • Desenvolvimento de competências sociointerativas, como liderança, articulação com diferentes atores sociais, mediação de conflitos, trabalho em equipe e fortalecimento dos vínculos institucionais.
  • Planejamento e gestão de projetos, tanto acadêmicos quanto técnicos, com ênfase na elaboração, monitoramento e avaliação de projetos socioambientais, territoriais, educacionais e de extensão.
  • Capacidade de análise crítica de políticas públicas, especialmente no contexto de atuação no setor público, ONGs, consultorias e instituições privadas, incluindo temas atuais como mudanças climáticas, transição energética e expansão das energias renováveis.
  • Fortalecimento ético e postura profissional, evidenciando responsabilidade social, compromisso com valores acadêmicos, científicos e comunitários.
  • Ampliação das redes acadêmicas e profissionais, por meio da participação em grupos de pesquisa, laboratórios, intercâmbios e eventos científicos, o que gerou oportunidades profissionais e reconhecimento no mercado.

Ainda que uma minoria dos respondentes relate que algumas dessas habilidades não estejam diretamente associadas às atividades que exercem atualmente, o conjunto das respostas indica que a formação no PPGGeo teve impacto relevante e positivo na qualificação técnica, acadêmica e na inserção profissional dos egressos em diversas áreas de atuação.

Quanto ao questionamento sobre o desenvolvimento de atividades de impacto social que os egressos têm desenvolvido atualmente, a exemplos de desenvolvimento de políticas públicas, consultorias, elaboração de projetos, assessorias a movimentos sociais ou entidades similares, participação em conselhos ou representações. Destacaram-se uma ampla gama de atividades de impacto social, com destaque para:

  • Elaboração e implementação de políticas públicas, especialmente nas áreas ambiental, urbana, educacional e territorial.
  • Consultorias técnicas e científicas, incluindo elaboração de estudos de impacto ambiental, planos de manejo, zoneamentos, regularização fundiária, criação de unidades de conservação e recuperação de áreas degradadas.
  • Desenvolvimento e gestão de projetos voltados à educação ambiental, agroecologia, conservação da biodiversidade, cultura alimentar e desenvolvimento sustentável.
  • Atuação junto a movimentos sociais e populações tradicionais, por meio de assessorias, apoio a processos de territorialização, defesa de direitos e fortalecimento de arranjos produtivos locais.
  • Participação em conselhos, comitês e instâncias colegiadas, contribuindo para processos de gestão pública, ética acadêmica, defesa civil e planejamento territorial.
  • Ações de extensão, pesquisa e ensino, com desenvolvimento de projetos comunitários, oficinas culturais, cineclubes, capacitações, formação de professores e acompanhamento de estudantes de baixa renda.
  • Uso de geotecnologias e análise espacial para suporte à gestão ambiental, planejamento urbano e desenvolvimento de soluções técnicas aplicadas a problemas socioambientais.

Também foram citadas atividades voltadas à divulgação científica, produção de materiais didáticos, participação em grupos de pesquisa e fortalecimento de redes acadêmicas e sociais. Por outro lado, uma parte dos respondentes indicou que não está, no momento, envolvida diretamente em atividades de impacto social, seja por limitações do mercado, transições profissionais ou atuação restrita à docência formal.

Por último, foi realizado um levantamento de opiniões sobre outros aspectos e características consideradas positivas do programa, bem como outros detalhamentos considerados relevantes para o egresso. Nesse espaço foi possível apontar, também, sugestões. 

Das sínteses das respostas à pergunta sobre os aspectos e sugestões para o PPGGeo, destacaram-se:

 

Aspectos Positivos

  • Corpo Docente Qualificado: Reconhecimento da excelência acadêmica e da diversidade temática dos professores.
  • Formação Sólida e Atualizada: Boa integração entre teoria, prática, pesquisa e extensão.
  • Infraestrutura e Apoio: Avaliação positiva da disponibilidade de laboratórios, apoio a atividades de campo e eventos acadêmicos.
  • Integração com a Graduação: Destaque para a articulação entre graduação e pós-graduação.
  • Contribuição para a Sociedade: Atuação do programa na formação de profissionais comprometidos com questões socioambientais e sociais.

 Demandas e Sugestões

  • Aumento das Bolsas e Ampliação do Tempo: Fortes críticas à redução da duração das bolsas de doutorado (38 meses) — reivindicam alinhamento com o padrão CAPES (48 meses).
  • Internacionalização: Solicitação de mais incentivo, recursos e apoio para intercâmbios, cotutelas e doutorado sanduíche, além de cursos de idiomas.
  • Atualização Curricular: Necessidade de mais disciplinas técnicas, especialmente nas áreas de geotecnologias, sensoriamento remoto, drones, Python, análise de dados e métodos aplicados ao mercado.
  • Aprimoramento das Disciplinas: Sugestões para melhorar a qualidade, organização e aderência das disciplinas às demandas contemporâneas.
  • Ampliação das Aulas de Campo: Mais práticas e atividades externas na pós-graduação.
  • Apoio à Saúde Mental: Propostas de rodas de conversa, palestras e espaços de acolhimento para estudantes.
  • Política de Reingresso: Criação de protocolos para permitir que alunos jubilados possam concluir suas pesquisas, evitando desperdício de investimento público.
  • Maior Parceria com o Setor Privado: Propostas para ampliar parcerias em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), atendendo demandas do mercado e da sociedade.
  • Expansão da Infraestrutura: Necessidade de mais espaço físico, melhorias em laboratórios e acesso a análises laboratoriais.