A atuação do PPGGeo/UFC na formulação de políticas públicas se destaca pela produção de estudos socioambientais e territoriais, diagnósticos participativos, desenvolvimento de tecnologias sociais aplicadas, assessoria técnica a movimentos sociais e à gestão pública, resultando em ações efetivas de inclusão e sustentabilidade.
Dentre as inúmeras contribuições podemos destacar:
- Zoneamento Ecológico Econômico da Zona Costeira do Ceará (ZEEC): Um dos principais marcos do ordenamento territorial do estado, garantindo a preservação ambiental e o reconhecimento de 324 comunidades tradicionais autodeclaradas, protegendo-as da especulação imobiliária e de megaprojetos econômicos sem planejamento adequado.
- Diagnóstico Participativo e Cartografia Social Costeira do Ceará: Documento estratégico que serviu como base para a formulação do ZEEC e para a Política Estadual de Gerenciamento Costeiro, assegurando o reconhecimento de territórios e ampliando a participação social na gestão costeira.
- Criação de Unidades de Conservação: Estudos conduzidos pelo PPGGeo/UFC embasaram a criação da APA da Lagoa da Precabura e do Parque Estadual do Pico Alto, além dos estudos para a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Foz do rio Aracatiaçu (Barra de Moitas) e do Mosaico de Unidades de Conservação de Jericoacoara, fortalecendo a conservação ambiental e garantindo a governança participativa, envolvendo assentamentos, terras indígenas e comunidades tradicionais.
- Planos de Manejo para Unidades de Conservação: Foram elaborados cinco planos de manejo, a exemplo do Plano de Manejo da APA da Serra de Baturité e da APA do Rio Pacoti, permitindo a efetivação da gestão territorial em áreas protegidas e assegurando o uso sustentável dos recursos naturais.
- Assessoria ao Ministério Público: através do oferecimento de suporte técnico a investigações e ações jurídicas voltadas à defesa de territórios indígenas, quilombolas e comunidades pesqueiras, subsidiando denúncias contra invasões e degradação ambiental.
- Política Estadual Ceará Sem Fome: Estudos sobre segurança alimentar na Região Metropolitana de Fortaleza fundamentaram a criação dessa política pública, direcionando ações para a redução da insegurança alimentar em comunidades vulneráveis.
- Desenvolvimento de Tecnologias Sociais e Monitoramento Comunitário: Foram desenvolvidas ferramentas digitais que permitem às comunidades registrar impactos ambientais e monitorar seus territórios, fortalecendo sua participação em processos decisórios e ampliando a transparência na gestão territorial. Entre essas tecnologias, destaca-se o biodigestor, que reduz o desmatamento da Caatinga ao substituir a lenha como matriz energética, diminui custos familiares com gás de cozinha, recicla esterco animal evitando contaminação de fontes hídricas e retarda o assoreamento de rios e reservatórios.
- PIRF – Projeto Integrado de Regularização Fundiária: Pesquisadores do programa atuaram na regularização fundiária em três Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) em Fortaleza, fornecendo suporte técnico e estudos que serviram de base para a titulação de moradias.